Fonte: Jornal Extra
A menos de um mês para o carnaval, sempre há aqueles que aproveitam para terminar o namoro e curtir a festa ao estilo livre, leve e solto. Para quem é dispensado, o fim de um relacionamento, independentemente de quando acontece, parece o fim do mundo. Vivenciar um período de luto é importante, mas cuidar para que o rompimento seja superado evita problemas físicos e psicológicos.
— Existem estudos que mostram que esta é a época em que mais se rompe relações. Em segundo lugar, vem o Dia dos Namorados, seguido do réveillon — afirma o psicólogo Thiago de Almeida, organizador do livro “Relacionamentos amorosos: o antes, o durante e o depois”.
— Muita gente tem medo de enfrentar solidão e acha que se terminar antes do carnaval, já entra na onda de conhecer e paquerar todo mundo, sem sentir tanto impacto.
No entanto, o tiro pode sair pela culatra. Agir impulsivamente e ficar com várias pessoas, prezando só pela quantidade e não pela qualidade, não ajuda a vencer a dor causada pelo fim de uma relação.
— É preciso realizar o luto. Quando se nega o que se está sentindo, é sempre mais difícil superar — diz Daniela.
Segundo Thiago de Almeida, antes da aceitação do rompimento, em geral, a parte deixada passa por quatro fases: a negação do que aconteceu; a raiva, a barganha (quando se tenta negociar a volta com promessas para o ex) e a tristeza profunda.
Demora indica fragilidade emocional
Cada um leva um tempo para estar apto de novo a se envolver amorosamente. Mas a demora excessiva e a falta de ânimo são sinais de alerta.
— A demora em elaborar o luto já indica fragilidade emocional. O não tratamento do problema pode debilitar ainda mais a pessoa psicologicamente, com possíveis consequências físicas, como má alimentação, que pode torná-la suscetível a doenças — explica a psicóloga clínica Marisa de Abreu.
E se, logo após o carnaval, o ex pedir para voltar? De acordo com a especialista, é necessário avaliar se é aceitável ficar com alguém que, eventualmente, sairá da relação para ter liberdade em festas.
— Claro que o parceiro pode prometer que isso nunca mais acontecerá, se a promessa é sincera ou não, é difícil identificar — alerta.